Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sábado, 31 de agosto de 2013

ABRAÇO DE TAMANDUÁ

Hugo Navarro Silva


O município, sob o comando da Constituição de 1946, não mereceu grandes cuidados, salvo quanto às questões tributárias. Acreditava-se que o Brasil poderia ser uma federação e que os assuntos pertinentes aos municípios seriam do interesse dos Estados-membros. A Constituição de 1988, produto de ululante contra revolução, que naturalmente tem os seus excessos porque, ninguém nega, também no terreno da política a cada ação corresponde reação igual e em sentido contrário, como ensinado pela Física de Isaac Newton, elevou o município à condição de ente federativo, igualando-o, no particular, aos Estados e podando todos os sonhos dos fundadores da República que pretendiam, para o país, sistema de governo federal formado de estados autônomos e, estes, de municípios com autonomia restrita a seus peculiares interesses.
Apesar dos arroubos linguísticos da Constituição de 88, em que alguns querem enxergar, apenas, demonstração de meta linguagem, que pode ser considerada inapropriada para uma carta política, que não deve conter charadas, quebra-cabeças e logogrifos, os municípios brasileiros, em sua maioria, não conseguiram se destacar pelo padrão de vida de seus habitantes, a não ser  quando  se juntaram honestidade, esforço e trabalho de alguns políticos e do povo, com energia e devotamento  pelo  progresso e conquistas da civilização, aliadas a acidentes geográficos e outros fatores que vão além da força humana.
Feira de Santana é exemplo do quase milagre que estamos a testemunhar: comunidade sertaneja, atirada a segundo plano pelos governos, mas que se vai impondo, aos trancos e barrancos, ao respeito de país em que municípios andam a farejar e festejar políticos e tesouro público como mendigos sempre de pires na mão. Devemos o que conquistamos, em grande parte, a obras de governos estaduais, principalmente as dos governadores Góes Calmon, que aqui implantou a Escola Normal Rural, para a formação de professores, e a primeira rodovia ligando esta cidade a Salvador, e Luiz Viana Filho, que deu condições de crescimento a esta cidade trazendo para nós a energia elétrica de Paulo Afonso e a água do Paraguassú,  criando o primeiro núcleo de habitação popular, a Cidade Nova, obras de que malandros e  sabidórios insistem em  se apresentar como autores, até com os aplausos de alguns mal informados ou mal-intencionados.
O certo é que da metalinguagem da Constituição de 88 nenhum proveito decorreu para os municípios brasileiros, grande parte deles criados ainda sob a égide da Constituição de 46 quando houve verdadeira e nem sempre proveitosa farra de emancipações até certo ponto onerosas para o burro de carga que é o povo brasileiro.
A farra foi contida durante o regime militar, mas poucos não foram os que buscaram votos usando o artifício da emancipação às vezes criando municípios  inviáveis.
Voltou, agora, revivida por lei federal que despertou ganâncias e limou dentes. Há lideres da blaterada emancipação do Distrito de N. S. dos Humildes que só falam em verbas, as verbas federais que poderiam ser destinadas a possível novo município.
Acontece, entretanto, que a Constituição em vigor, ao cuidar de desmembramentos de territórios municipais conservou o poder do Estado membro para legislar sobre o assunto. Mas, ao tratar da “consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos” (no plural), a população  da área a ser desmembrada e a da área de que se desmembra têm que ser ouvidas ao contrário do que anteriormente ocorria, tudo, entretanto dentro das regras de Lei Complementar  recentemente votada pelo Congresso  despertando velhos e enfraquecidos apetites. Mas, pelo menos, Feira de Santana fica conhecendo seus inimigos e poderá homenageá-los com sincero e forte abraço de tamanduá.

Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

 



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A MODERNIDADE DAS RELIGIÕES

Carlos Pereira de Novaes


A vida moderna esta cada vez mais independente, onde cada uma faz o que quer sem se importar muito com a vida do visinho e, nesse aspecto, é bom à gente observar o aspecto religioso das coisas, dos pensamentos. 
            Este professor por exemplo é católico, batizado, vai a missas de vez em quando, ma tem um pé no espiritismo e na figura mística de Say Baba, que foi um Guru que viveu na Índia e faleceu recentemente. Isto já o satisfaz.
            Ele tem um amigo que é agnóstico, odeia Jesus Cristo, mas, de vez em quando, vai beijar a mão do Preto Velho. Pode?
            Um outro conhecido seu é seguidor de Maomé, é muçulmano, gosta de alardear as verdades muçulmanas, mas gosta de uma cachacinha, só de vez em quando, pouquinha, mas a toda hora eu o vejo indo a um centro espírita, mas ele também reza lá para Maomé, que ele diz ser um espírito de luz, que já é coisa de espírita e não de muçulmano. E tome mistura.
            Tem um outro que não acredita em nada, nem nele mesmo, mas aceita a verdade da vida depois da morte e a reencarnação, como coisas biológicas do homem e das coisas que vivem, por que a vida é um grande mistério.
            --- Você acredita em reencarnação, professor, em alma?
            --- Ué! Sei lá. Eu não estou aqui? Eu pedi alguma coisa? Se eu vim, sem pedir e não me lembro de nada, como é que eu vou saber se já vim e esqueci?
            Eu não nasci uma vez? Agora? Por que não outras vezes, esquecidas?
            O esquecimento é uma regra. A gente acaba esquecendo de tudo. Por que não de vidas passadas? Portanto, são realidades pseudo-reais. Ou não?
            Ou seja, o fenômeno da vida é uma coisa que nos transcende, e muito, e não adianta querer entendê-la por que ele é realmente transcendental.
            Portanto, assim como as coisas da modernidade, as pessoas procuram são seus equilíbrios próprios naquilo que lhes trazem prazer, não na opinião do outro, ou seja, cada um procura à sua verdade e a seu jeito, se ajustando.
            O que está acontecendo, afinal? São religiões mais conscienciosas, que não olham só filosofias, que, afinal, não são nem filosofias, mas só opiniões e pouquíssimas abalizadas da vida, do que é a verdade. Mas o que é verdade?
            Vejam, dizem que até Ele se calou quando Pilatos lhe fez esta pergunta.
            Hoje, o que se vê são religiosos que se aturam sem se questionarem sobre as filosofias de seus interlocutores. O que isto importa afinal?
            Este professor, por exemplo, professor de hidrologia, acha que a morte é só uma mudança de estado do corpo semi-material, já que ele não é sólido e nem líquido, e a morte é só a elevação do seu corpo espiritual ou gasoso sobre o efeito do empuxo de Arquimedes. É correto? Sei, lá? Deve ser. Por que não? 
            Mas que interessa as verdades se às mentiras já nos comprazem?
            Invente lá a sua mentirinha e se ela lhe traz calma é por que você achou a paz, achou o seu caminho, não importando o que é a verdade, até por que a verdade, que nós tanto procuramos, pode ser aquela que você elegeu e nesse aspecto este professor tem que concordar com os budistas, que não falam de Deus por que reconhecem que este assunto é transcendental demais.  Será?
            Eu por exemplo, desculpe o uso da primeira pessoa, penso que Deus é o universo e que o universo que conhecemos, é apenas uma célula de Deus.
            Êta Deusinho grande, não é? É...! E por isto é que ele não aparece. Viu!           

ANIVERSARIANTES DE HOJE

o
José Alexandrino Souza


Vocês dois, José Alexandrino Souza e José Carlos Pedreira (Zé Coió), hoje estão comemorando seus aniversários,festejem com saúde e muita alegria. Esperamos encontrá-los no 4ºEncontro em 23 de agosto de 2014.

José Carlos Pedreira


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

VIDA ESCOLAR DE DRANCE MATTOS DE AMORIM

QUANDO: 1934 A 1938
Drance fez admissão, 1ª e 2ª séries no Santanópolis, transferido para o "Instituto Carneiro Leão” em Recife, cursou a 3ª série, retornou para o Santanópolis cursando a 4ª série.
Drance é um caso especial de ex-aluno. Relatos dos mais estranhos temos conhecimento, sempre foi ligado às ciências, inventor desde estudante:
1.      Quando era estudante do ginásio, criou um micro alto-falante que cabia no buraco (para colocar tinteiro) da carteira de estudante da época. Um fio que ia até embaixo do assoalho da sala de aula. A finalidade do invento era para pescar, um colega ficava no porão com um microfone ditando as resposta da prova, Não funcionou perfeitamente, zunindo chiados chamando a atenção do professor de ciências, Pedro Américo. O professor deu zero pela desonestidade e dez pela criatividade;
2.      De outra feita, era costume em Feira de Santana, ligar rádio para ouvir as transmissões de futebol do Rio de Janeiro, nos dias de domingo. Drance inventou um sistema que interferia na transmissão, em um raio de cerca de mil metros. O bar Suêto onde concentrava os mais aficionados ficava na Rua Direita, mais ou menos onde hoje é o Bradesco. Instalando o sistema na Rua de Aurora, ele conseguiu interromper a transmissão dos jogos, foi a maior confusão.
3.      Em Recife, pilotou um pequeno avião de treinamento de um aeroclube, fazendo piruetas e voos rasantes, sem brevê (habilitação para pilotar);
4.      Depois de formado em medicina, foi para os Estados Unidos, tornando pesquisador. Dizem que deixou muitas patentes de instrumentos de medicina. Na Feira quando retornou, criou no Observatório Antares, um relógio eletrônico de alta precisão. Também construiu os equipamentos da primeira Rádio FM de Feira de Santana, Rádio Antares.
Todos os casos relatados foram transmitidos ao blog oralmente, carecendo de documentos que comprovem a veracidade.


Filme do Santanopolis dos anos 60